Estampado


Mas se os medos falassem por mim,
seria eu, os fantasmas aos olhos

Se a alma revelasse os meus sonhos
a vida seria - céu
como fins de tardes.

Se as nuvens pudessem contar por mim,
sobre o vento que passa
As horas encerrariam
ao findar - do tempo.

Se a escrita soubesse falar por mim,
Seria apenas moldada
de sorrisos
Estampada de poesia.

Exame


"Boa sorte", "vai dar tudo certo". Respirei e recolhi as palavras de apoio. Estava consolada de todas elas. Mas as horas implicavam na ansiedade. As pessoas em volta pareciam as mesmas, por esperarem das mesmas esperas. Talvez se tratasse dos mesmos objetivos. Certamente quis esquecer disso. O aprendizado que parecia não ser o bastante, mas - desejava - que poderia ser o necessário para um bom resultado. Resolvi fazer o que era esperado, o melhor de mim. 

Destino contínuo



seja alma

enquanto 
o passarinho assovia
e o canto é suave
enquanto 
a lua e o sol ainda brilha
enquanto 
o planeta coíbe o ar
enquanto 
o fim de tudo é palavreado do mundo
enquanto 
a chuva ainda molha as flores
enquanto 
os avós ainda fazem doces
enquanto a poesia
é cantar
enquanto 
o amor prevalecer,
enquanto 
o vento te faz sentir outro
ou enquanto
sorrir seja sentir-se um todo
inteiro e novo de novo.
enquanto 
as nuvens existem para te fazer desenhar
enquanto 
ser você mesmo, é escolher amar.
até 
a coluna se curvar,
no ardor doentio da cama
e os olhos apagar.

Ao encerrar para imigrar
a um mundo desconhecido,

o distante permanece
sendo 
o que ninguém viu passar.

Nostalgia


Ainda que flores,
sinto o vento
cortar as pétalas.

Ainda que a chuva venha molhar,
é seco as folhas do tempo.

Ainda que o céu venha luzir seu azul,
a alma esqueceu de sorrir.

Imaginar


É que as coisas bonitas,
vem de dentro,
criam memórias
e são como vivê-las
Normalmente é ser só
um ser imaginável.

"Dias e Dias"


Gosto do tom da inocência
na ideia dos sabiás já crescidos nas gaiolas
incorporando o humano
o silêncio e a dor existencial

Astúcia também é assobio
do capricho dos dias
nas cartas,
do tempo
irreal

Gosto da Poesia, do olhar de Antônio
E da doce apreciação de Feliciana
pelos versos

Coração aprisionado
conturba a felicidade exilada

O amor é o monólogo
de batidas cessantes
mesmo depois da partida

Poesia inspirada no livro: Dias e Dias, de Ana Miranda.

Despertar setembro


Não sei se as coisas estão passando como deveriam passar. Na verdade, as coisas não passam. Apenas vai ficando do modo como queremos. Memórias e experiências acabam contando nisso. Portanto, eu estou certa de que viver a vida da forma mais intensa que se possa viver é uma boa maneira de estar bem consigo mesma.

É necessário que os dias mudem. Assim como as estações, meses e anos. Assim como ontem que começou o mês de setembro e só hoje fui me dar conta de que, bom... já havia começado. Sempre gostei desse mês. Acho um mês legal para definir escolhas importantes, sermos mais nós mesmos e redigir com carinho o que "você vai ser quando crescer." Mas não que todos os outros dias não seja para ser você ou fazer escolhas, etc. Embora eu esteja querendo não pensar em tudo que ainda tenho para resolver, não é nada legal deixar tantas coisas pra depois. Sempre tive medo das mudanças, mas também não quero que elas deixem de mudar. Por isso sei que as mudanças partem das pequenas escolhas, seja por qualquer coisa que eu ou você possa fazer.

Mas ainda que todos os dias do ano sejam extremamente importantes, é com carinho que sempre recebi os dias de setembro. Gosto do despertar das "coisas" e não é por outra razão que setembro é a primavera. O florir das flores, assim como o despertar da alma, é a garantia de que tudo vai ficar bem de novo, e de novo. Quero despertar, seja para começar, recomeçar ou continuar vivendo como sempre deve ser.

Ainda que parecer estranho tudo isso, é possível me ver vivendo depois dos dias encerrarem. Talvez seja isso, um breve pensamento para sonhar. Como quem quer sempre alcançar, somente. Como quem é,
e tem na alma, "setembro".


Despertar setembro (2012): http://analuizacabrall.blogspot.com.br/2012/09/despertar-setembro.html

Universo interior



Hoje as estrelas estavam tão bonitas e tão mais nítidas. As lentes dos meus óculos me ajudaram a enxergar melhor, até porque eu nunca tinha olhado o céu com eles (os óculos) antes. Na verdade, depois de ter conversado um pouco com Deus e estar me sentindo mais próxima de mim mesma, eu me sinto bem mais leve para assentar os pensamentos e configurar o meu próprio universo.

A minha conexão com o universo é sempre muito plena. Desde do que posso ver e até onde posso sentir. O interior é mesmo um universo extenso e somos apenas uma massa em meio aos mistérios de um próprio ser. É uma sutileza estar íntima da alma. Olhar para dentro de si é uma incrível viajem pelo seu próprio universo.

A dimensão que tudo vem tomando na minha vida é proporcional às minhas escolhas. Não é válido olhar a vida melhor somente no futuro.  É algo sempre tão incerto. O agora, representa bem mais o que sou. Não que eu vá deixar de sonhar e de criar meus próprios objetivos.  Pois acredito, que assim como as nuvens, os nossos sonhos percorrem do mesmo modo. E nos constituem, que é o melhor. Mas hoje é uma questão de sentir e viver. E mesmo que eu não tenha ainda decidido nada, eu sempre estarei fazendo escolhas, como um estado de ser ou estar. É algo bem simples - fui pensando comigo.

Me movo também do amor. É incontestável o sentimento verdadeiro que temos pelas pessoas as quais mais amamos. Lembro-me então, dos rostos que vivem nas proximidades da minha órbita. Da convivência múltipla de sentimentos. Por aqueles momentos que me proporcionaram felicidade e pelas construções mais humanas que fizemos, talvez por nós mesmos. Ou por ser claramente quem somos - ainda pensando.
 
Sempre tenho medo de pensar nas mudanças, mas também não quero que elas deixem de mudar. O tempo está expirando para deixar saudades. Mas não quero começar me despedindo agora. Ainda temos tempo. Aliás, todo tempo é tempo, embora eu não saiba aonde vai dar o tempo. Mas eu quero apenas que minha vida seja como olhar para o céu ou como estar em meu próprio universo interior. Algo sempre intenso e sublime. Assim sendo único, como "hoje".




Estou em estado de nuvem,
passando junto ao tempo

Não sei até onde findar os passos
Mas ao caminhar
Me descubro

É inteiramente.

Estou responsável pelo
brilho que me cativar.


Estou em estado de lua
à observar
as rupturas que traço

Até por onde os sorrisos
me encantar.

Enquanto ser eu mesmo,
E não ser
pelas desventuras de uma
passagem boba.

Pois vivo.

Ser


Simplificar os motivos
É desnecessário complicar

Céu e lua
me compõe de poesia

O findar das palavras
é toque,
magia
Não me regue
em olhos
encobertos
de poeiras
vazias

Minha alma já dilatou
o brilho
cessante

Hoje sou
contraria à dor

Um tempo de ser eu mesma


É simples, por vez, que de repente, a gente acaba se permitindo conspirar e transpirar a felicidade de ser nós mesmos.


Mora em mim, todos os sonhos. E os medos que ás vezes tenebrosos adormecem, costumam acordar, para que os pensamentos se contraem à propósitos consequentes. A precisão com que as esperanças se esvaem, também é repentina. O bom é que elas voltam. Voltam com intensidade. E algumas coisas, fazem delas (as esperanças) serem aguçadas, quando as coisas mais simples de repente regeneram a alma. E nesse simples, incluem as escolhas das pessoas que estão ao meu lado, as troca de sorrisos e abraços, o observar as coisas em meu redor, ao universo em conformidade com o que me compõe. Assim também como a troca de palavras que habitam para o progresso do meu próprio ser e especialmente à isso ou à algo que é capaz de deixar um momento puramente e intenso. E nesse simples, acabo sendo entregue às minhas próprias mãos. E quando digo: "entregue as minhas próprias mãos" é quando caminho com os meus próprios pés, sem precisar ser moldada por o que as pessoas dizem ou querem que eu seja. A alma fica leve e consigo finalmente prosseguir. Prosseguir não é tão fácil quando a alma se esvazia, pois acredito que o espírito de contínuo aprendizado e a prática do mesmo em um desenvolvimento pessoal, faz com que eu possa andar firmemente.

Enquanto isso, no dia-a-dia, o tempo é ocioso, pois quero fazer tudo e sem pensar, não faço quase nada. Analisando todas as escolhas de um dia comum (ou melhor, de quase nenhuma escolha feita), acabo dizendo no fim, que tudo foi corrido demais. É um mesmo dilema. Mas na verdade, a gente nunca perde tempo. A gente apenas acaba se perdendo do tempo. E mesmo que eu saiba disso (ou pelo menos acredito), ás vezes acabo me perdendo. Já até cheguei a me perguntar: "Será mesmo que o tempo existe? Ele passa como se fosse uma ventania e como se escapasse pelos dedos!" E na lucidez de meus pensamentos em relação ao meu interior, acabei acreditando em fazer o meu próprio tempo e acaba dando certo. Ainda me perco - enquanto pratico - mas é uma maneira de fazer escolhas felizes, enquanto se sente bem consigo mesmo.

Pleno


E hoje insessante
o tempo passa.
Deixa memórias,
carrega as histórias.

Juntas
De sorrisos abertos,
à fidelidade.

A amizade!

E a gente, cresce!
A saudade íntima conspirará.

E hoje é quase amanhã.
Todo o tempo,
Em meio aos nossos sorrisos
é cada instante.

O intenso!
(pleno)

Vou carregar na mala sóbria
da minha alma:
a semelhança de história
  em que a vida nos proporcionou.

É tão magnífico quanto
ter vivido tudo isso
ao seu lado.

Sua forma existencial,
um capricho de Deus.

És tão risonha,
finita de cores e
sentimentos bons.

Tão completa
me fez história,
me fez repleta.

Amiga que constitue a alma
serena os olhares.

Não é de minutos.
É de onze anos.
É para uma vida inteira.


*Feliz seus 17 anos de vida! Obrigada por existir e fazer do meu mundo, mais bonito e risonho
, claro. Te amo! ♥

FelizCidade


   "Como nuvens pelo céu
 Passam os sonhos por mim.
Nenhum dos sonhos é meu

Embora eu os sonhe assim.
    (Fernando Pessoa)

Gosto de me aventurar quando olho o céu, a busca é interior e ando sempre encontrando nele uma maneira de me abrigar, e hoje, foi assim, diferente.
Era eu e minha visão particular das nuvens. Da janela, o céu brindava repentinamente e solenemente. O dia ia se pondo, conforme andávamos (no carro) de volta para a nossa cidade. E a lua branca, ainda vestida de nuvem apontava também lá no alto. A mágica de sorrir despertava a curiosidade do universo. Do meu universo. As montanhas eram serras similares às curvas dos meus sonhos, e lá no alto, parecia ser o alcanço das mãos de Deus. Eu olhava todo o capricho e cuidado com que Ele (Deus) teve para com que os meus olhos, diante de uma exuberante arte natural, fizesse, com que de repente, deslumbrasse um sorriso, que transparecia pelos olhos.  Pelos meus olhos. Eu anunciava algumas vezes que era lindo o pôr do sol. O mocinho (menino grande) ao meu lado, mesmo desprentensioso e preguiçoso concordava e achava engraçadinho minha maneira de olhar lá fora. Nós sorríamos e era gostoso a troca dessa magia. Fiquei com vontade de parar ali mesmo e esquecer do mundo por fora das montanhas. Aliás, eu queria subir ao topo delas. Bem, eu não pude parar, eu não conduzia a viagem, nem mesmo tinha o controle sobre o volante. Mas tudo bem, nunca tinha sido tão belo e prazeroso uma volta de viagem. Onde meus olhos - pela janela do carro - fitavam o inesquecível registro. Sem pressa para o fim da viagem, eu ia observando. Em meios as risadas, entre as companhias de assento, eu não desviava o olhar. A cidade pareceu tão perto. Por pouco não percebi que estávamos próximos de chegar. E logo na chegada da cidade pequena, onde já se podia ver as primeiras pontas dos poucos prédios, ia ficando por de traz deles as montanhas com suas curvas similares, o encerrar do dia e o sol que ia despindo em toda sua grandeza e magnificência. Eu, parecendo criança, dei logo um aceno breve de despedida ao sol. Sorri leve. Me senti mais próxima de Deus e de mim mesmo. Me permiti o universo. E de repente, meu pequeno mundo se tornou grande e fantástico. Eu tinha vivo em mim, mais que a transparência da visão da janela, eu tinha ido no alto das montanhas e não me dava conta disso. Apenas sorria - desesperadamente feliz - como quem vive intensamente. Como quem voa, sem tirar os pés do chão. E sorria deslumbrantemente. Fazia isso até mesmo sem perceber. Mágica força do pensamento de voar. Voei. E se isso não fosse felicidade, o que seria transparecer o provável? O que seria grande, se não o brilho insessante que os meus olhos transpareciam? Era sublime.

*Nunca me senti t
ão a par disso tudo. Nunca tinha me emocionado da forma qual eu emocionei escrevendo esse singelo texto. Apenas meus olhos fitaram o inesquecível registo. As palavras apenas moldam agora, o sublime acontecimento, mas não a intensidade de vivênciá-las, como a forma como tal aconteceu. Era formidável.

Sóbrio


Os pés no chão
O vento forte
O afago no peito

Há um encanto de extermínio
Nos olhos

Soou silêncio
Dor em respingos
Som ao ouvido

A alma cantou tranquila

Interferindo nos gestos, nos gostos
nos fundamentos

Enquanto se assentava os pensamentos

E o exílio sóbrio de cantar
continuou a espantar o medo.

Contínuo


                                                                   O tempo é ágil
                                                  E a gente de repente perdeu a vez
                                                    Se encantou, sorriu, entristeceu.

É perigoso
restringir os pensamentos.
Mas ás vezes
dá medo de
sonhar.

Alforri(ar)


O medo resolveu ficar no travesseiro.

Ora, noite!
Tudo
difuso e contrário.

Não é silêncio
é barulho!

É como um íngreme nos dias.

Na espera que a esperança bata na porta
para que de repente, eu possa
alforriar a alma.

Alimentar a paz.
Desprender a confusão!


                            Solene(mente) poetizo.

Estranho?


Estranho. Era tudo o que me parecia quando o despertador tocou. Não sei o que foi, mas alguma coisa parecia invasiva. Não era ansiedade e nem o peso das responsabilidades chegando, não por enquanto. Depois de me levantar e tomar meu café, me peguei lembrando do meu primeiro dia de aula e bem, parecia ontem que eu arrumava minha mochila pequena para o meu primeiro dia de aula, aos seis anos. Mas diferente daquele dia - em que a ansiedade e a felicidade era tamanha - hoje, eu não estava tão contente. E não triste, apenas "estranha". Mas no momento com que a sutileza das lembranças me vinha à memória, aos pouco foi me alimentando as esperanças. Solenemente. E pensei: É surpreendente ser aluna e não só pelo fato de aprender com os professores, mas a magia que se dá em todos esses anos, aos redores da escola, dos amigos que vão e vem e outros que permanecem para sempre. Das brincadeiras, dos sorrisos, da forma esperta de alguns e das dificuldades de outros, e de todas as coisas que foram extremamente importantes para a minha construção. Bom, alimentada de café e esperança (bom, era o que parecia), peguei meu guarda-chuva e minha mochila. Enquanto caminhava, a chuva ia amenizando a estranheza do tempo cinza que fazia ao meu redor e dentro de mim. Chegando na escola a harmonia parecia em paz. Era um dia típico de primeiro dia de aula. O estranho parecia sumir em meio a abraços e conversas. Mas nada parecia ter mudado ali, mas eu sei que algo mudou, mesmo que a ficha não quizesse cair, enfim, eu estava no terceiro-ano e que aquelas seriam as pessoas com quem eu conviveria por mais um ano, apenas. Estranho. É, isso tudo, mesmo que todo aquele filme - logo de manhanzinha - de toda minha trajetória escolar tivesse passado pela minha cabeça. Quando eu estava na sala, todas as palavras dos professores de força e persimismo para com esse ano ainda não conseguiam me conformar. Isso pode soar um pouco de drama, mas não era. Mesmo que a maioria eu conhecesse, as pessoas pareciam estar sentindo como eu. Mas eu permanecia tranquila. Depois de muitos professores manifestarem suas palavras, eu ainda esperava a minha aula preferida (português), não pelo fato de gostar apenas da matéria, o professor não só é bom no que faz, mas é inteligente na sua maneira de ser e eu sempre admirei a forma como ele vê as coisas e a maneira como ele, mestremente nos orienta. E foi de se esperar, ele me surpreendeu mais uma vez. E acredito que não foi só a mim. Depois que ele encerrou a conversa, me virei para o lado e minhas amigas sorriam sastifeitas, devido a grandiosidade tamanha do exemplo. Bem, não só eu, mas elas também tinham gostado. Vi forças surgindo em minha volta e acredito que não foram apenas as minhas. A certeza é que a força de vontade, me cabe ali, naquele instante. A vontade é apenas de aproveitar cada segundo, sendo elas oportunidades vastas ou não. Foi isso o que eu trouxe para casa. E mesmo que a conformidade não se adapte e que eu me ache ainda "pequena" demais para encerrar essa fase, a gente acaba se acostumando. E aos poucos o que era era estranho, de repente foi passando.

Poliana



"Amiga de sorrisos harmoniosos e palavras mirabolantes: Poliana."

Eu não ia falar nada não, sabe? Mas alguém ficou com ciúme dessa postagem aqui, e claro, eu vim acalmar as coisas. Na verdade, eu tenho sorte por ter as duas melhores amigas do mundo. Mas deixa disso, hoje é o seu dia e mais que isso: Eu só estava esperando por essa data especial para te escrever alguns mimos.

Agradeço tanto a Deus por nossa amizade.  Depois de te achar metida, descolada demais e pensar que você era alguém muito distante de ser minha amiga, por acaso ou destino, a vida veio mostrar que você não era o que eu pensava. Podemos nos falar pela primeira vez, na sala de aula, na quinta série. Se eu me lembro bem, na troca entre alunos de lugares eu fui parar atrás de você. De repente, nos introsamos rápidos e dávamos palpites sobre a mudança na sala, e bem, aquele dia não foi apenas o lugar que mudei... Mudei a forma de pensar e mais, ganhei uma nova amiga. A proximidade dos lugares fizeram com que estivéssemos mais próximas de fato, mas descobrimos que tínhamos tantas coisas legais em comum, e daí em diante, a amizade apenas cresceu e eu a trouxe para o clube da luluzinha/risos. Depois de muitas integrantes, restaram nós 3, apenas. E lá se vão quase 8 anos de amizade, na verdade isso não conta muito, pois quando olho todas as coisas boas e fantásticas que vivemos nesse tempo, não existe a quantidade certa de momentos para que uma pessoa se torne extramente especial para você. Mas acredito sim, em amizades de longas datas, pois as que tenho hoje, não são menos que 8 anos. Basta cultivar. É necessário que o tempo nos faça permitir de nos conhecer e conhecer o outro. E para que tudo isso acontecesse, não houveu barreiras. Lembro de uma coisa engraçada e muito legal que fazíamos todos os finais de semana, marcávamos de ir fazer visitas as nossas amigas e na caminhada, falávamos de tudo... Meninos, amores, escola, vida, etc. E sempre tão maduras, mesmo com pouca idade. Sempre as mais responsáveis na escola e na vida. Parecíamos duas almas velhas, com cara de 12.  Sempre te admirei. É uma pessoinha fantástica e mirabolante. Que fica muito brava com você, quando por descuido você pisa na bola. Mas que fica muito (extremamente) feliz, quando estamos felizes também. É uma amiga diferente, dessas que chega de manhã em plena segunda-feira abrindo sorrisos harmoniosos na sala de aula, enquanto a minha cara e a de muitos ainda é a de sono. E pode acreditar, ela adora segunda-feira. E sem falar de suas palavras mirabolantes por entre os assuntos, que sempre me tira boas rizadas... Como: "Sociedade mineira", para distinguir os habitantes da cidade ou simplesmente os alunos da escola. Por aí vai, é uma loucura! Eu adoro quando você me chama de Laura (eu sei que eu tenho cara de Laura), espero que você nunca se esqueça disso! Não gosto de pensar que de repente a vida vai seguir diferente, após o terceiro ano. Estivemos tão juntas por tanto tempo. Mas os nossos caminhos, mesmo contrários, não deixaram nos distanciar. Mesmo que isso leve uma bronca sua, por nossa falta, quando de repente, o nosso celular (meu e da Aline) tocar. Mas às vezes é simplesmente maravilhoso ser sua amiga, pelo simples fato de te ver e sentir seu sorriso gostoso e sincero. É isso. Tudo de bom e incrível que você proporcionou e proporciona a mim. Acredito nos pequenos segundos da vida, pois isso foi extremamente importante para que eu tivesse sua amizade. Parabéns! Que sua vida seja plena em realizações. Que Deus te conserve assim, tão especial. Que seus 17 anos seja lindo e que você seja muito feliz, você merece! Obrigada por existir! Feliz aniversário!

"Não tenho muitas palavras, são só as 3 melhores amigas do mundo."

Eu te amo,
Laura

Anoitecemos

                                                                                                   27 de janeiro de 2013

A fumaça
encobriu os corações.

Um país
inteiro em chamas
(de lágrimas)

E quem chora?

Dói o desespero.
É a maior frustração.

Há um caos entre tantos.

Aqui dentro, eu espero
que a esperança
(em todos)
não fuja em
meio a desordem.

Fiz esse poema no domingo, dia 27. Só pude postar hoje.
Todo o conforto aos familiares!

Diálogo

                                                                                                           Palavras do bem
                                                                                                sempre foram consolo à alma.

Eu: Vontade voar.

Soul: Por que voar?
Soul: Estar aterrizada aqui, por vez, parece sombrio.
Soul: Por que sombrio?Soul: Não se preocupe. Há maneiras de voar, sem ter asas.
Tenho a mente segura.
Soul: Pois então voe, voe bem alto.
Se precisar, segure minhas mãos.
(Sorri)

De repente, gira


Um dia comum e nada (absolutamente nada) diferente está programado. O tempo mudou um pouco, mas tudo ainda parece contínuo e misterioso. Minhas poesias estão cogitando o peito e por ventura, estão fixas no olhar e na direção com que elas me transmitem - bem, eu apenas deixei de escreve-las, normalmente. As horas passam, mas tudo está parado. Gosto de fixar em qualquer pensamento bom. A clareza com que o dia se encerra é brilhantemente fantástico aos meus olhos. O sabor do vento e a chuva lá fora me fazem organizar as palavras em uma poesia vitral. Percebo que as despedidas podem soarem felizes, embora o dia tenha que ir. É formidável saborear os segundos tão vagos e parados desse dia. Logo sinto, que todo movimento é constante e indescritível aos nossos próprios pés imaginários. Os dias (esses que nos fazem viajar por eles) são responsáveis por viagens duradouras e voltas repentinas. Não quero o movimento condenado à pressas segmentadas de horas escorregadias e passageiras. Quero aproveitar e ver a lua. E perceber, que tudo em torno de mim, de repente, gira.

Relicário de Palavras

Poeta a cada porção de Lua.

pa-Lavrar a alma
não soarem
vazias
e amendrontadas.

Quando flores,
pássaros evidenciaram
em versos.
Tanto quanto amores!

Me cercam em volta aos pensamentos
de um pequeno - grande - mundo.
Não se cansarão de palavriar,
enfim.

Corro riscos de Lua
Almejo
chegadas,
há grandes fins, de audaciosos
começos.

Palavras são como
Folhas de árvores em
balanços de ventos (di-versos).

3 anos de blog. Obrigada pelo carinho de todos!

Abraçar o outro ano, é como recomeçar (2013)

Basta não deixar de sentir.

De alguma
forma, quando o ano se inicia, tudo parece querer mudar. Bom, pelo menos para mim, as esperanças são aguçadoras. O ano me brinda de uma maneira que os desejos e sonhos são entregues nas minhas mãos, de uma só vez. Pois hoje, mais que ano novo, eu faço mais um ano de vida. São 17 anos de companhias, poesias, canções, muito amor, memórias bem vividas e tudo que de repente, senti. Mais que esperar que as coisas mudem e que o novo aconteça, é preciso sentir. Pois os dias apenas passam. Sendo assim, aprendi a desejar o hoje e a decidir por estar bem. Em dois mil e doze nada foi tão perfeito e incrivelmente diferente dos outros. Claro, algumas surpresas e memórias inesquecíveis. Mas eu quero apenas me lembrar, das coisas boas e simples que me fez e fazem tanto bem. Os medos já nem doem tanto agora. A magia de estar recomeçando, embora confiante, é um pouco assustadora. Bem mais que um ano de vida e votos de um ano de paz, sei que esse ano de alguma forma, vai soar diferente. É o meu último ano da escola. E o friozinho na barriga, da sensação das responsabilidades e escolhas chegando. Do tempo se comprimindo, como se fosse passagem de um vento. Dos amigos seguindo seus caminhos e a sensação que a vida, a partir dali, de repente muda. Bem, eu não queria pensar nisso agora. Mas é inevitável. Eu só queria poder cumprir pelo menos um pouco com todas as minhas metas traçadas para esse ano/sorriso. Me organizar e continuar sonhando. Bem, eu espero bem mais de mim, em 2013. Feliz Ano Novo!