FelizCidade
oncordava e
achava engraçadinho minha maneira de olhar lá fora. Nós sorríamos e era
gostoso a troca dessa magia. Fiquei com vontade de parar ali mesmo e
esquecer do mundo por fora das montanhas. Aliás, eu queria subir ao topo delas. Bem, eu não pude parar, eu não
conduzia a viagem, nem mesmo tinha o controle sobre o volante. Mas tudo bem, nunca tinha sido tão belo e prazeroso uma volta de viagem. Onde meus olhos - pela janela do carro - fitavam o inesquecível registro. Sem pressa para o fim da viagem, eu ia observando. Em meios as risadas, entre as companhias de assento, eu não desviava o olhar. A cidade pareceu tão perto. Por pouco não percebi que estávamos próximos de chegar. E logo na chegada da cidade pequena, onde já se podia ver as primeiras pontas dos poucos prédios, ia ficando por de traz deles as montanhas com suas curvas similares, o encerrar do dia e o sol que ia despindo em toda sua grandeza e magnificência. Eu, parecendo criança, dei logo
um aceno breve de despedida ao sol. Sorri leve. Me senti mais próxima de Deus e de
mim mesmo. Me permiti o universo. E de repente, meu pequeno mundo se tornou grande e fantástico. Eu
tinha vivo em mim, mais que a transparência da visão da janela, eu tinha
ido no alto das montanhas e não me dava conta disso. Apenas sorria - desesperadamente feliz - como quem vive intensamente. Como quem voa, sem
tirar os pés do chão. E sorria deslumbrantemente. Fazia isso até mesmo sem
perceber. Mágica força do pensamento de voar. Voei. E se isso não fosse
felicidade, o que seria transparecer o provável? O que seria grande, se não o brilho insessante que os meus olhos transpareciam? Era sublime.
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2 comentários:
Ana Luiza, você me faz lembrar uma amiga que o tempo me roubou a convivência; mas que nunca deixou de estar aqui comigo, da melhor maneira - agasalhada, aconchegada em meio às mais puras lembranças - como ficam sempre em nós as melhores pessoas; aquelas que se vão, mas que um dia fizeram a diferença e permanecem em nós.
Todo esse seu talento no trato com a palavra vale a pena lapidar. Não será nunca a garantia de sua felicidade, mas é garantia de que melhor pessoa desabrochará, cada vez mais, em você. Sagrada ou profana, pura ou mundana, a palavra será sempre uma referência do seu universo, Ana Luiza.
Parabéns, continue escrevendo e conte comigo.
Oi Ana,
Como fiquei tanto tempo sem vir aqui?! Gosto dos seus textos porque eles são 'fáceis de se mergulhar/ envolver'. Por uns minutos, fui você (ou eu mesma, 'vestida' de Ana) e senti a plenitude e magnificência do céu. Amo olhar as nuvens, as estrelas, a lua... E você acabou de deixar esse ato tão simples em algo mais lindo. Amei! ♥
Beijo,
Just Carol
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