É perigoso
restringir os pensamentos.
Mas ás vezes
dá medo de
sonhar.

Alforri(ar)


O medo resolveu ficar no travesseiro.

Ora, noite!
Tudo
difuso e contrário.

Não é silêncio
é barulho!

É como um íngreme nos dias.

Na espera que a esperança bata na porta
para que de repente, eu possa
alforriar a alma.

Alimentar a paz.
Desprender a confusão!


                            Solene(mente) poetizo.

Estranho?


Estranho. Era tudo o que me parecia quando o despertador tocou. Não sei o que foi, mas alguma coisa parecia invasiva. Não era ansiedade e nem o peso das responsabilidades chegando, não por enquanto. Depois de me levantar e tomar meu café, me peguei lembrando do meu primeiro dia de aula e bem, parecia ontem que eu arrumava minha mochila pequena para o meu primeiro dia de aula, aos seis anos. Mas diferente daquele dia - em que a ansiedade e a felicidade era tamanha - hoje, eu não estava tão contente. E não triste, apenas "estranha". Mas no momento com que a sutileza das lembranças me vinha à memória, aos pouco foi me alimentando as esperanças. Solenemente. E pensei: É surpreendente ser aluna e não só pelo fato de aprender com os professores, mas a magia que se dá em todos esses anos, aos redores da escola, dos amigos que vão e vem e outros que permanecem para sempre. Das brincadeiras, dos sorrisos, da forma esperta de alguns e das dificuldades de outros, e de todas as coisas que foram extremamente importantes para a minha construção. Bom, alimentada de café e esperança (bom, era o que parecia), peguei meu guarda-chuva e minha mochila. Enquanto caminhava, a chuva ia amenizando a estranheza do tempo cinza que fazia ao meu redor e dentro de mim. Chegando na escola a harmonia parecia em paz. Era um dia típico de primeiro dia de aula. O estranho parecia sumir em meio a abraços e conversas. Mas nada parecia ter mudado ali, mas eu sei que algo mudou, mesmo que a ficha não quizesse cair, enfim, eu estava no terceiro-ano e que aquelas seriam as pessoas com quem eu conviveria por mais um ano, apenas. Estranho. É, isso tudo, mesmo que todo aquele filme - logo de manhanzinha - de toda minha trajetória escolar tivesse passado pela minha cabeça. Quando eu estava na sala, todas as palavras dos professores de força e persimismo para com esse ano ainda não conseguiam me conformar. Isso pode soar um pouco de drama, mas não era. Mesmo que a maioria eu conhecesse, as pessoas pareciam estar sentindo como eu. Mas eu permanecia tranquila. Depois de muitos professores manifestarem suas palavras, eu ainda esperava a minha aula preferida (português), não pelo fato de gostar apenas da matéria, o professor não só é bom no que faz, mas é inteligente na sua maneira de ser e eu sempre admirei a forma como ele vê as coisas e a maneira como ele, mestremente nos orienta. E foi de se esperar, ele me surpreendeu mais uma vez. E acredito que não foi só a mim. Depois que ele encerrou a conversa, me virei para o lado e minhas amigas sorriam sastifeitas, devido a grandiosidade tamanha do exemplo. Bem, não só eu, mas elas também tinham gostado. Vi forças surgindo em minha volta e acredito que não foram apenas as minhas. A certeza é que a força de vontade, me cabe ali, naquele instante. A vontade é apenas de aproveitar cada segundo, sendo elas oportunidades vastas ou não. Foi isso o que eu trouxe para casa. E mesmo que a conformidade não se adapte e que eu me ache ainda "pequena" demais para encerrar essa fase, a gente acaba se acostumando. E aos poucos o que era era estranho, de repente foi passando.

Poliana



"Amiga de sorrisos harmoniosos e palavras mirabolantes: Poliana."

Eu não ia falar nada não, sabe? Mas alguém ficou com ciúme dessa postagem aqui, e claro, eu vim acalmar as coisas. Na verdade, eu tenho sorte por ter as duas melhores amigas do mundo. Mas deixa disso, hoje é o seu dia e mais que isso: Eu só estava esperando por essa data especial para te escrever alguns mimos.

Agradeço tanto a Deus por nossa amizade.  Depois de te achar metida, descolada demais e pensar que você era alguém muito distante de ser minha amiga, por acaso ou destino, a vida veio mostrar que você não era o que eu pensava. Podemos nos falar pela primeira vez, na sala de aula, na quinta série. Se eu me lembro bem, na troca entre alunos de lugares eu fui parar atrás de você. De repente, nos introsamos rápidos e dávamos palpites sobre a mudança na sala, e bem, aquele dia não foi apenas o lugar que mudei... Mudei a forma de pensar e mais, ganhei uma nova amiga. A proximidade dos lugares fizeram com que estivéssemos mais próximas de fato, mas descobrimos que tínhamos tantas coisas legais em comum, e daí em diante, a amizade apenas cresceu e eu a trouxe para o clube da luluzinha/risos. Depois de muitas integrantes, restaram nós 3, apenas. E lá se vão quase 8 anos de amizade, na verdade isso não conta muito, pois quando olho todas as coisas boas e fantásticas que vivemos nesse tempo, não existe a quantidade certa de momentos para que uma pessoa se torne extramente especial para você. Mas acredito sim, em amizades de longas datas, pois as que tenho hoje, não são menos que 8 anos. Basta cultivar. É necessário que o tempo nos faça permitir de nos conhecer e conhecer o outro. E para que tudo isso acontecesse, não houveu barreiras. Lembro de uma coisa engraçada e muito legal que fazíamos todos os finais de semana, marcávamos de ir fazer visitas as nossas amigas e na caminhada, falávamos de tudo... Meninos, amores, escola, vida, etc. E sempre tão maduras, mesmo com pouca idade. Sempre as mais responsáveis na escola e na vida. Parecíamos duas almas velhas, com cara de 12.  Sempre te admirei. É uma pessoinha fantástica e mirabolante. Que fica muito brava com você, quando por descuido você pisa na bola. Mas que fica muito (extremamente) feliz, quando estamos felizes também. É uma amiga diferente, dessas que chega de manhã em plena segunda-feira abrindo sorrisos harmoniosos na sala de aula, enquanto a minha cara e a de muitos ainda é a de sono. E pode acreditar, ela adora segunda-feira. E sem falar de suas palavras mirabolantes por entre os assuntos, que sempre me tira boas rizadas... Como: "Sociedade mineira", para distinguir os habitantes da cidade ou simplesmente os alunos da escola. Por aí vai, é uma loucura! Eu adoro quando você me chama de Laura (eu sei que eu tenho cara de Laura), espero que você nunca se esqueça disso! Não gosto de pensar que de repente a vida vai seguir diferente, após o terceiro ano. Estivemos tão juntas por tanto tempo. Mas os nossos caminhos, mesmo contrários, não deixaram nos distanciar. Mesmo que isso leve uma bronca sua, por nossa falta, quando de repente, o nosso celular (meu e da Aline) tocar. Mas às vezes é simplesmente maravilhoso ser sua amiga, pelo simples fato de te ver e sentir seu sorriso gostoso e sincero. É isso. Tudo de bom e incrível que você proporcionou e proporciona a mim. Acredito nos pequenos segundos da vida, pois isso foi extremamente importante para que eu tivesse sua amizade. Parabéns! Que sua vida seja plena em realizações. Que Deus te conserve assim, tão especial. Que seus 17 anos seja lindo e que você seja muito feliz, você merece! Obrigada por existir! Feliz aniversário!

"Não tenho muitas palavras, são só as 3 melhores amigas do mundo."

Eu te amo,
Laura