E nos resta sempre, as memórias (Adeus, ano velho!)

Há um ano atrás, aqui, eu refletia em volta aos meus pensamentos todas as promessas para cumprir. E pedi que os medos, de alguma forma, estacionassem por um tempo distante. E hoje, ao encerrar 2012, vejo que tudo parece terminar bem. Em poesia, companhias e muito amor. O ano, para mim, soou tranquilo, embora crescer seja assustador e horas que esteve comprimindo todo o tempo, enquanto os minutos pareciam escapar pelos dedos. Mas, foi assim, como escrevi em um dia desses: "Sinto que ando e corro. Mas às vezes a vida para em uma esquina. E a vida passa devagar." E devagar, senti; enquanto me descobri e reinventei. E sinto, há cada dia que nasce, por todas as pessoas que vem e vão - que deixam um pouco de si, levando um pouco de mim. Por todas as coisas que mudaram e que ainda permanecem e por tantas outras coisas que tendem a ir embora. Pelas memórias tão sentidas e vividas, das mais sublimes, essas ficaram. Os sorrisos, abraços, companhias e os sonhos, dos mais belos, esses continuaram. Tirei o peso que os medos faziam da bagagem - as costas já nem doem tanto agora. Enquanto os sonhos, apenas continuam e a vida também.

Sinto


Sou o que outrora
E atrasa os dias
Sou a hora que adianta
O que vagarosamente acalma
Sou tempo petulante.


 Sou uma conversa,

Um minuto
Uma rima
Um sorriso
O silêncio
O barulho.


Tão só

São meias verdades.
Apesar dos pesares...
Eu vivo!

                    Ouço o vento passar
                    E sinto- me "Pessoar"
                  Por vez, "drumondiar"


                     A mercê de viver
                      À Poeta de “lua”.

                  
                  Os dias apenas passam,
                  e eu não posso esperar.

                            E sinto:
                    Que ando e corro.
             Mas às vezes a vida para
                     em uma esquina.
               E a vida passa devagar.      

Silenciar


Encerrei minha realidade por um tempo e percebo que sentir soa tranquilo em dias nublados da alma. Tiro o peso da bagagem - as costas já nem doem tanto agora.

Repouso silêncio. Aqui dorme o medo. Espero que os medos estacione por um tempo distante e que a vaga impressão de que tudo está indo bem, continue. E até me acostumo com o sol forte e as nuvens indecisas de um fim de tarde. Afinal, eu apenas sinto. E silencio.