Pleno


E hoje insessante
o tempo passa.
Deixa memórias,
carrega as histórias.

Juntas
De sorrisos abertos,
à fidelidade.

A amizade!

E a gente, cresce!
A saudade íntima conspirará.

E hoje é quase amanhã.
Todo o tempo,
Em meio aos nossos sorrisos
é cada instante.

O intenso!
(pleno)

Vou carregar na mala sóbria
da minha alma:
a semelhança de história
  em que a vida nos proporcionou.

É tão magnífico quanto
ter vivido tudo isso
ao seu lado.

Sua forma existencial,
um capricho de Deus.

És tão risonha,
finita de cores e
sentimentos bons.

Tão completa
me fez história,
me fez repleta.

Amiga que constitue a alma
serena os olhares.

Não é de minutos.
É de onze anos.
É para uma vida inteira.


*Feliz seus 17 anos de vida! Obrigada por existir e fazer do meu mundo, mais bonito e risonho
, claro. Te amo! ♥

FelizCidade


   "Como nuvens pelo céu
 Passam os sonhos por mim.
Nenhum dos sonhos é meu

Embora eu os sonhe assim.
    (Fernando Pessoa)

Gosto de me aventurar quando olho o céu, a busca é interior e ando sempre encontrando nele uma maneira de me abrigar, e hoje, foi assim, diferente.
Era eu e minha visão particular das nuvens. Da janela, o céu brindava repentinamente e solenemente. O dia ia se pondo, conforme andávamos (no carro) de volta para a nossa cidade. E a lua branca, ainda vestida de nuvem apontava também lá no alto. A mágica de sorrir despertava a curiosidade do universo. Do meu universo. As montanhas eram serras similares às curvas dos meus sonhos, e lá no alto, parecia ser o alcanço das mãos de Deus. Eu olhava todo o capricho e cuidado com que Ele (Deus) teve para com que os meus olhos, diante de uma exuberante arte natural, fizesse, com que de repente, deslumbrasse um sorriso, que transparecia pelos olhos.  Pelos meus olhos. Eu anunciava algumas vezes que era lindo o pôr do sol. O mocinho (menino grande) ao meu lado, mesmo desprentensioso e preguiçoso concordava e achava engraçadinho minha maneira de olhar lá fora. Nós sorríamos e era gostoso a troca dessa magia. Fiquei com vontade de parar ali mesmo e esquecer do mundo por fora das montanhas. Aliás, eu queria subir ao topo delas. Bem, eu não pude parar, eu não conduzia a viagem, nem mesmo tinha o controle sobre o volante. Mas tudo bem, nunca tinha sido tão belo e prazeroso uma volta de viagem. Onde meus olhos - pela janela do carro - fitavam o inesquecível registro. Sem pressa para o fim da viagem, eu ia observando. Em meios as risadas, entre as companhias de assento, eu não desviava o olhar. A cidade pareceu tão perto. Por pouco não percebi que estávamos próximos de chegar. E logo na chegada da cidade pequena, onde já se podia ver as primeiras pontas dos poucos prédios, ia ficando por de traz deles as montanhas com suas curvas similares, o encerrar do dia e o sol que ia despindo em toda sua grandeza e magnificência. Eu, parecendo criança, dei logo um aceno breve de despedida ao sol. Sorri leve. Me senti mais próxima de Deus e de mim mesmo. Me permiti o universo. E de repente, meu pequeno mundo se tornou grande e fantástico. Eu tinha vivo em mim, mais que a transparência da visão da janela, eu tinha ido no alto das montanhas e não me dava conta disso. Apenas sorria - desesperadamente feliz - como quem vive intensamente. Como quem voa, sem tirar os pés do chão. E sorria deslumbrantemente. Fazia isso até mesmo sem perceber. Mágica força do pensamento de voar. Voei. E se isso não fosse felicidade, o que seria transparecer o provável? O que seria grande, se não o brilho insessante que os meus olhos transpareciam? Era sublime.

*Nunca me senti t
ão a par disso tudo. Nunca tinha me emocionado da forma qual eu emocionei escrevendo esse singelo texto. Apenas meus olhos fitaram o inesquecível registo. As palavras apenas moldam agora, o sublime acontecimento, mas não a intensidade de vivênciá-las, como a forma como tal aconteceu. Era formidável.