Nuvens

Quando pensei no conforto da minha alma, comparei com as nuvens. Há algo que possa entrelaçar no almofadado delas, como se fosse aconchego da nossa própria sombra. Os seus enlaces são divinos em toda a sua existência, como nossos únicos traços. O que é branco se torna pálido para com as nossas tristezas. E a sensação de que elas se movem é como se nossa alma fosse esfarelando todas as nossas discórdias, e para um lugar misterioso fosse levada. As nuvens por vez, se tornam cinzas e desabam na chuva perpétua, como se fossem nossos medos que estão carregados, e te sobra as lágrimas para que de alguma forma elas vão embora, ou continue caindo.

3 comentários:

daniela fernandes disse...

Sim, Ana. Vcê tem toda a razão. E tantas são as vezes em que os opostos se tocam.

Carol Barboza disse...

Que comparação mais inteligente! Amo a sua sensibilidade e percepção, Ana... Cada vez que venho aqui fico mais fã :) hehe
Beijo e ótima quinta-feira pra vc
 Just Carol

Monise Abrão disse...

Que maravilhoso! Tão intenso e extremamente profundo! Muito inteligente e admirável!
Beijos, querida!!

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