Revirando arquivos

Olá! Ontem, as duas postagens eram do mesmo depósito de asneiras, textos e fatos que hoje vou compartilhar com vocês. E hoje novamente me peguei revirando meus arquivos. Revirei, li e reli cada texto e cada asneira que já fiz, durante minha vida antes do blog, e hoje vou compartilhar alguns deles com vocês.

         Eu resolvi sentir de forma diferente tudo aquilo que me convencia que só o olhar despertaria. Eu vi que minhas pernas quase bambas de ficar em pé sobre um degrau tentando avistar o mais íntimo de mim só iria perder o tempo pra nenovar esperanças, e que acreditar que fazer algo pra que não mudasse, mas que toda a minha alma ficasse em paz, desde os mais fundos pedaços de um coração que só quer se juntar e fazer novo e deixar que sobre ele saia todo medo e insegurança de amar, e que esse olhar sombrío que tanto assombra que possa se tornar o olhar mais inefável e que dele possa enchergar o mais lindo sentimento. Que todas as dúvidas escondidas sejam esclarecidas, ao abraço curável de um pobre coração que precisa da certeza, da forma diferente. E não só do que transmite um pequeno e inexistente olhar.


        
O pulsar do meu coração bate calmo, o meu coração tem brilho, e eu quase não sinto, é porque não me encontro em desespero. Minhas atitudes e minhas palavras não são frias, são sinceras. O meu olhar já não é de medo, e nem de insegurança, já me sinto livre de muitos naufrágios. O meu sentimento já não é de culpa, perdoei a mim mesmo por todos os meus erros. Eu já não escolho pessoas para ficarem ao meu lado, aprendi que o tempo nos reserva sempre alguém. Acreditei em mim, e renovei coisas que eu não importava.


Beijo, árvore e amor
 
E pra começo vem simples e de lembrança: Em uma tarde de domingo, onde o sol já havia se escondido. Nas casas em volta, havia luzes acesas, e poucas pessoas na rua. O vento estava estável, por enquanto. Me lembro de roupa pra verão. Estava parecendo amanhecer, mas ainda eram 18:15 da tarde. Algumas ruas vazias,  algumas crianças também estava por ali, por cá ou dentro de suas casas. Estávamos andando por entre as ruas - não estava sozinha. Ele segurava minha mão. Eu o amava,  me sentia um pouco estranha naquele momento. Não sei o que exatamente me deixava assim. Íamos conversando, observando, falando de quase tudo, enquanto isso me enchia de mimos e carinhos. Íamos sorrindo e claro, de mãos atadas. E com os dedos da mão ele brincava sobre meus dedos. O relógio não esperava por aquele momento bonito. Enquanto andávamos, as horas passavam e quase não percebíamos. Me lembro bem do vento que deu de repente naquela noite. E como nossos olhos nem conseguiam ficar intactos, afastamos e debaixo de uma árvore estávamos. Era perto de uma casa amarela, havia só uma luz de um lustre da sala acesa. E quando menos percebi estava em torno de seus braços, ele me abraçava como quem segurava alguém de uma superfície, muito alta. Confesso com toda ingenuidade que eu sorria com os olhos, pra mim mesma. Me sentindo segura. Enfim, eu estava perto dele. Olhando o vento ele sorriu, como se estivesse confirmando, "é passageiro, eu estou com você". Estávamos abraçados, totalmente juntos. Uma mecha de cabelo cobria meu rosto, ele a tirou com leveza e carinho, e me trouxe mais junto à ele, me deu um beijo. Senti amor, carinho e paixão. Me lembro vagamente hoje, mas eu nunca esqueci. De todas as verdades daquele beijo, daquele olhar, do vento forte, do coração que batia apaixonado e que também que sentia protegida e amada. Eu fui estampada com um sorriso, nem ligava pro vento que me contia. Eu tinha certeza. Eu tinha não só um coração feliz, tinha uma alma transbordando de amor. E ele sabia que eu era uma eterna apaixonada pelo seu sorriso, e também sabe que eu tenho o que contar sobre aquele fim de tarde, naquele domingo de março.

   
      Para um antigo amor e a alma.


Gostaram? Espero que sim. Por lá ainda tem muitas asneiras, fatos, textos e uma história que deixei por terminar, pretendo dar fim e postá-la pra vocês. E por hoje é só.

E você, já revirou seus arquivos? 

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