30jul2012
30
jul
2012
Amor de lua,
Me cobre nesta noite
de flores, amores e mimos
Te espero, à sede no amanhã
Pousar no teu peito,
para vagarosamente se acalmar
Para cobrir de cores
e sentir no florescer das flores
Se recusas ao peito
Respiro e choro
Não fuja agora!
23jul2012
23
jul
2012
Realidade
O "neblinar"
Das costuras do tempo
À margem poeta
Sonho tem barulho
Quando se tem que acordar.
Das costuras do tempo
À margem poeta
Sonho tem barulho
Quando se tem que acordar.
17jul2012
17
jul
2012
Bagagem
Trem de pouso,
na hora de partir
Repetindo as cores,
Levando as dores
Carregando temores
Peito à dentro
Lua a solar
Sonhos sem saída
Ardente pulsar
Queria um tom ou um lápis
rabiscar o caminho da partida
na hora de partir
Repetindo as cores,
Levando as dores
Carregando temores
Peito à dentro
Lua a solar
Sonhos sem saída
Ardente pulsar
Queria um tom ou um lápis
rabiscar o caminho da partida
Remando a tristeza para o lado de lá.
16jul2012
16
jul
2012
Vento
De repente se ouve o calado perpétuo dos sonhos. O frio latente do medo nas costas. E o vento pousando em cada colibri de céu. Veja a felicidade logo ali que nos comprimenta em passos ingênuos. Vitórias encorajadas por traz dos sorrisos que trás. Pássaros na porta - de amores às pressas. Que tudo o vento leva. Que leva para si e trás um pouco de nós. Nos retrovisores do presente ao passado, os retratos discretos, de faces em outros contornos, onde tudo passado era tempo. Do vento que atrasa o tempo. Refaz o tempo e que também adianta as horas.
09jul2012
09
jul
2012
Efeito
A angústia resolveu
Se retorcer para um outro lado
Retirando-se da pequena encruzilhada
chamada de batimentos aleatórios
Metáforas ambulantes dentro de si
à falatórios e gritos dispersos
Uma grande outra dispensa
para assim digerir
Um balde de
águas adocicadas
Papéis e folhas
Eram o vácuo perto do peito
embrulhado, amaçado e retorcido
Era alma que tinha cores de neblina
De efeitos e sombras,
Máscaras e barulhos
O silêncio não morava ali
Nem tão perto sucumbia.
Retirando-se da pequena encruzilhada
chamada de batimentos aleatórios
Metáforas ambulantes dentro de si
à falatórios e gritos dispersos
Uma grande outra dispensa
para assim digerir
Um balde de
águas adocicadas
Papéis e folhas
Eram o vácuo perto do peito
embrulhado, amaçado e retorcido
Era alma que tinha cores de neblina
De efeitos e sombras,
Máscaras e barulhos
O silêncio não morava ali
Nem tão perto sucumbia.
04jul2012
04
jul
2012
Da minha janela
O sol que se despede, é o mesmo que veio colorir e solar. |
Fim de tarde
é equilibrar
sobre os desassossegos
É vencer o dia, sem cessar
É um ensaio
para lembrar
É desejar que os sonhos
se proceda como as nuvens
sem parar.
é equilibrar
sobre os desassossegos
É vencer o dia, sem cessar
É um ensaio
para lembrar
É desejar que os sonhos
se proceda como as nuvens
sem parar.
02jul2012
02
jul
2012
Ensaio para lembrar
Passado o tempo, o gosto contínuo pelas suas memórias ainda permaneciam. Resolveram sentar no final de uma rua, numa dessas vilas, onde viveram por todo o tempo - Quase todo o tempo de suas vidas. Apanhavam sempre o costume de olhar o céu e fazer alguns dos desenhos. E embora as nuvens estivessem sempre tortas demais, elas sempre avistavam animais. Particularmente (os animais) estavam imóveis pensando nas suas vidas - ao olhar das duas meninas. Os animais em poses que de lá, pensativas, olhando, não sabe se lá o quê – talvez fosse à despedida do sol; aliás, era fim de tarde.
Estribeiras de pouca bobagem eram mesmo as risadas soltas das meninas, sobre palavras mordiscadas de apelidos uma à outra. Cheiravam a sonhos e tinham gosto de vida – dizendo de alegrias apostas sobre tudo que iam criando.
Sempre chamavam a colocar sobre o tempo alguma das lembranças (meras apagadas, eu diria) e outras singelas bem recordadas, mas propriamente lembradas pela menina mais nova e mais esperta. A menina mais velha, em suas palavras até dissera:
- Nunca ouvi tão sábias lembranças sem ser contadas por Alice. Até penso que ela tem um caixote grande e imenso, ao invés de um cérebro como os nossos – e sorria solto logo depois.
Mirabolantes as ideias de fuga contra lembranças cruéis. Ensinando uma à outra como poderia ter driblado de tais situações, como numa dessas paixões um pouco embaraçosas.
Sabiam de segredos, e fizeram parte de suas mesmas lembranças – de quase uma vida inteira. Alice até sabia que a folha preferida de Ana, (a menina mais velha) era a Ácer (bordo). As folhas ficavam entre uns dos livros de Ana, no qual ela escrevia sobre o dia em que acharam a folha – no qual dia, estavam juntas por sinal e felizes.
A menina mais velha e de ideias mirabolantes sorriu, para não cansar a alegria das lembranças que a sucumbia. Olhou para a gravura do livro, onde a menina dos cabelos pretos como piche é ainda a mesma que a fez desembaraçar todas as lembranças. E disse em silêncio:
- Sinto muito sua falta.
Fechou o livro e encerrou os olhos. Era lua de fim de noite, e as estrelas cessava lá fora, assim como a alma descansava em suas meras lembranças.
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