Ecoa o som da sua voz. Ouço os versos da nossa primeira música, e me lembro dos nossos lugares preferidos. Da boa risada no fim de domingo, do amor soando ao ouvido, do amor ao toque dos nossos corpos. Afinal, os sinais que você me provoca, me facilitam aos deslumbres da nossa paixão. E eu sou fã da nossa história, desde dos roteiros onde a vida nos deixou cair, mas eu me lembro que nesses vacilos sua mão segurava a minha. Por de trás do seu sorriso desvairado, um cais de lágrimas contida de um pequeno menino, se driblando as discórdias do mundo pra me ver feliz. Uma mecha de cabelo sobre o meu rosto caí e tão delicada suas mãos retira-as com leveza. Sua respiração funda contida no nosso abraço. O seu cheiro bom e as suas poucas palavras. O seu sentimento mais bonito, seu jeito atrapalhado de me fazer sorrir. Do desfecho dos dias de sol e dias chuvosos que passamos juntos. Na minha manhã fria e amarga, e das minhas caras estranhas, você por perto, sempre sorriu, e eu fico me perguntando por quê. Que mesmo namorados, uma amizade cria nas metáforas da nossa alma pequena. Ao longe se vê os nossos gostos, as nossas coisas em comuns, nosso futuro tão junto e o amor tão nosso. E tudo doce através da história que criamos. Invento-te mil apelidos carinhosos, e eu deixo que você me leve pra um lugar onde meus cabelos possam voar e onde podemos sorrir. E na volta sua mão na minha, e nossos corações em paz. Não quero idas rápidas, quero parar com você no “nosso tempo” sem pedir que o relógio pare. Te pedir pra voltar quantas vezes for necessário. Te ouvir dizer tudo e nada. Ouvir nossas risadas e perceber o bem que faz nossas memórias. E nesses sonhos quando deito você me parece com a pele alva, com olhar de menino, e com o mesmo sorriso desvairado, calibrando sobre sua timidez ousada. E vem me encontrar sem despedidas, dizendo ser sua e que jamais me deixaria.