Direção
É que floresceu,
Pintou o riso
das cores.
Amanheceu.
Um céu
De formas poéticas
Assimétricas
Brindou a paisagem
dos sons naturais.
Brotou sorrisos
no vai e vem dos dias
Instante magia.
Saltando,
dando boas vindas.
Em uma grande recepção
da vida.
Sentiu saudade,
de ficar
Da era inocente.
Do tempo que voa
Da memória descontraída
Da luta ardente
Das notas musicais
o violão sentido
De um acorde de batidas
sessantes
Que fez surgir
um coração flutuante.
Sobre os pés imaginários
do que se alçam repetir:
Seguir.
Seguiu.
Reluziu a paz,
se acenderam as contantes
avenidas da alma
Dilacerou as cordas,
tocou em si, nos outros,
e se fez memória.
Pensou em sentidos
Encontrou um caminho.
Se foi na era da passagem
Permitiu ser vida
Hoje é coragem.
confusão vazia
Aqui dentro,
a pressa
é um tempo solúvel a dor
palavras distantes
vazias
faces desviaram o riso
e no peito,
dorme um silêncio gritante
disperso no tempo
Tumultuados instantes
se assimilou as horas em vento
A hora que é,
(aqui)
saltou espera.
Depressa
Sem vê-la
Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.
(Livro dos Conselhos)
Não sei a quais circunstâncias ou consequências se darão todas as escolhas, mas permito que a felicidade possa estar no instante agora. Pois o tempo é uma continuidade breve e eu sou o ponteiro passageiro desse movimento. Encontro dias sóbrios, para falar bobagens intermináveis e de alguma forma fazer poesia. Saio por aí, sem intenções. Vejo um acaso complementar da vida e me deparo com sorrisos breves e isso faz da cidade uma estampa social. A inocência encantadora das crianças. Um universo espetacular, onde a lua brinda a vida. Um universo paralelo, onde todas as coisas existem e só eu posso sentir. Compartilho conversas e risos soltos. E por ventura, o infinito ao longe, se faz morada dos olhos. Enquanto sigo com os passos, começo a me inundar de pensamentos e dar sentido nas coisas, em meio a desordem dos meus dias. Sem me preocupar, vou esquecendo das horas e me faço tempo. Continuei os passos, apertei o play e a música me descreveu.
Melancolia
A noite
despida de lua,
nuvens cinzas
de tristes sinais
Eram saudades suas
Que ora,
tardia a dor,
lamenta a alegria.
Confusão
Quando anoiteço
Por um oásis de melancolia
sou dias finais
de um tempo inteiro
Quando amanheço
por ventura,
florescer
Quando ouso a dor,
entardeço
Perco do início
me desfaço do recomeço.
Passagem
O brilho cessante se despindo
O tempo se comprimindo
Toda era um dia foi
E será, talvez
(amar)
Amanhã será.
Amanhecer
Tem dias inteiros que amanhece
dentro de nós
dentro de nós
Dias de paz
Dias de setembro
Dias a mais,
que parecem ser universo.
Seremos nós?
Confundi ser o seu sorriso
Seria um universo interior?
Desnuda a alma
Seria desassossego?
A confusão das palavras
Seria poesia em tom menor?
Coração flutuante,
seria terno o que foi?
Notou presença
Seria saudade?
Olhos mútuos
seria sinceridade?
Será eu? Será nós?
Corretos, incertos
Talvez
Estamos sós.
Estar
Vivo
enquanto só
É tanto como não estar sozinha
Serei
quando ainda não ser
Será
eu em outro tempo?
Ser
não há
Buscar?
Sou,
ainda
procurando
Ser não é estar,
mas estou.
Devaneio
O gosto do risco
pintou o riso solto
transformou a confusão
Na linha contínua
de dois mundos
o coração acelerou
devagar.
Ser
Estou me encontrando,
florescendo
e isso me faz lembrar setembro.
Assinar:
Postagens (Atom)